A Umbanda é uma religião que
estabelece muitas ligações com o planeta e o cosmo através dos Orixás, sendo
assim, é correto afirmar que a Umbanda comunga o sagrado com o natural. Porém,
no dia a dia de umbandistas e também de outros religiosos que comungam com a
natureza como o Candomblé, Wicca, Daime e outras, acabam esbarrando em
inversões comerciais que, sem notar, degradam a natureza.
Trata-se do uso de cristais, pedras,
metais que são abundantemente retirados da terra e que não vão se regenerar.
Precisamos nos atentar para o uso consciente destes produtos para que nossa
religião não estimule este comércio. Tais produtos foram formados durante
milhares de anos na formação do nosso planeta e não há como criar cristais, por
exemplo, seria necessário um processo lento e longo, em baixa pressão e altas
temperaturas. Hoje, isso não acontece mais. Assim como também é impossível
produzir alumínio, cobre ou mesmo petróleo. Quando acabar, acabou!
A terra, a árvore tem a mesma
energia cósmica de um cristal. Você pode sentar-se sobre uma árvore ou pisar no
chão de terra e comungar com seus Orixás do mesmo modo como carrega um cristal
no pescoço, talvez comungue até de forma mais intensa pelos elementos ainda
estarem ligados à terra.
Precisamos ser menos consumistas,
pensar mais no SER e menos no TER. Nossa religião é uma religião natural e
devemos praticá-la causando o mínimo impacto possível em todos os sentidos, não
somente quando fazemos uma oferenda e colocamos folhas naturais ao invés de
tecidos, papéis e plásticos, mas também no nosso modo de vida, procurando
produtos com menos agressão ambiental para consumir no dia-a-dia.
Só temos um planeta Terra. Sagrado e
cheio de energia. Basta saber aproveitar bem!
Saravá.
Kelly
Cristina da Silva de Oliveira
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